Ao longo da segunda metade do século XIX, a fotografia surgiu como um instrumento central na definição de identidades nacionais, coloniais e individuais, e como nova forma de conhecimento e de comunicação. Entre os anos 1850 e os anos 1950, a fotografia foi mesmo o principal modo de tornar o mundo visível. Esta hegemonia da fotografia foi contemporânea da hegemonia do colonialismo da época, coincidência temporal que se refletiu na estreita relação entre colonialismo e fotografia: nos modos como contribui para uma cultura colonial, por um lado, e, por outro, na forma como se tornou um dos objetos históricos daqueles espaços e lugares onde os vestígios materiais, visuais e escritos da experiência colonial portuguesa acabaram as suas viagens - os arquivos privados e públicos dos países que, no passado, foram metrópoles ou colónias. Hoje, os estudos sobre imperialismo reconhecem como, a par da documentação escrita, as imagens são determinantes para se compreender e estudar os impérios. (...) As potencialidades de reprodução das tecnologias fotográficas multiplicaram os seus usos e circulação. Em exposições coloniais, folhetos e postais, a ilustrar jornais, livros médicos, militares ou antropológicos. Com a participação de vários investigadores de diversas áreas e interesses, este livro constitui um contributo pioneiro e enriquecedor para o estudo da fotografia em contexto colonial.
- Cor: Não informado
- Largura: 27
- Marca: ALMEDINA
- Medida2: Não informado
- Peso: 1752
- ISBN: 9789724418117
- Gênero: Não informado
- Formato: Não informado
- Ano: 2018
- Edição: Não informado
- Origem: Não informado
- Encardernação/Acabamento: Brochura
- Idioma: Não informado
- Pais: Não informado