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ILUMINURAS
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Visões - Poesia Completa

Visões - Poesia Completa

Marca: ILUMINURAS Referência: 9786555190588


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Talvez o poeta mais original da literatura inglesa, William Blake foi uma espécie de símbolo das manifestações socioculturais dos anos 1960 e 1970. Ao lado da psicologia de Carl Jung e Sigmund Freud, da filosofia e da religião orientais, das experiências da geração beat e do flower-power, via-se em sua poesia a expressão de uma nova era de Aquário, a rejeição de uma ordem mundial fundada no materialismo em detrimento da espiritualidade. Passado meio século, aquelas manifestações são história, ou adquiriram outras formas, mas a ordem mundial permanece, de ponta-cabeça, mais materialista e mais bruta. E a poesia de Blake continua instigante expressão dos valores humanos, ainda mais relevante. Visões assinala essa relevância: reúne onze livros que Blake publicou de 1789 a 1795, com os quais procura evidenciar a coerência do essencial da obra e afastar a distorcida percepção de insanidade do autor. Os poemas testemunham a formação e o amadurecimento de sua visão de mundo, num fértil período de quase sete anos, quando na casa dos trinta: aqui o leitor encontra dos poemas líricos das Canções de Inocência e Experiência até o que se convencionou chamar de ?profecias menores?. O Livro de Thel é o primeiro livro profético menor iluminado, seguido de Canções de Inocência, ambos de 1789. Entre 1790 e 1793, Blake escreveu, gravou e imprimiu O Matrimônio do Céu e do Inferno e Canções de Experiência (posteriormente, combinou as duas Canções num único volume, com o subtítulo ?Mostrando os Dois Estados Contrários da Alma?). Visões das Filhas de Álbion, de 1793, é em geral considerado um ?estado contrário? de Thel, em que a inocência convive com o desejo sexual. No mesmo ano, Blake publicou América, uma Profecia, tido como seu poema político mais importante. A partir de 1794, Blake embarcou na sequência dos poemas-profecias menores, que o prepararam para os maiores (Milton e Jerusalem, escritos e gravados quase ao mesmo tempo entre 1804 e 1820). O primeiro deles é Europa, uma Profecia, uma narrativa política, seguido de O Livro de Urizen. A Canção de Los, O Livro de Ahania e O Livro de Los, todos de 1795, compõem a ?Bíblia do Inferno? prometida em O Matrimônio do Céu e do Inferno: ?Possuo também A Bíblia do Inferno, que o mundo há de possuir, quer queira, quer não?. Na ?Bíblia do Inferno? estão os personagens mitológicos Urizen e Los, cruciais para a mensagem de Blake: Los representa o Poeta e a Imaginação humana; Urizen, a encarnação da razão, o criador de leis tirânicas; ambos em constante conflito. O escritor Anthony Burgess disse com clareza: ?A razão, na verdade, é perigosa, assim como é a ciência; se todos nós vivermos num estado de liberdade individual plena, despreocupados com as leis, confiando no poder da percepção e, num nível inferior, no instinto, alcançaremos o céu na terra, que Blake chama de Jerusalém no prefácio de Milton?. Na terminologia blakeana, alcança-se a plenitude espiritual através da imaginação. ?Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo se mostraria ao homem tal como é: infinito.? Pouco lido e ignorado por seus contemporâneos, Blake foi ?descoberto? vinte anos após sua morte, em 1827, quando impressões tipográficas dos poemas começaram a aparecer. Mas jamais foi popular, sempre foi controverso, mesmo entre outros poetas. Thomas Stearns Eliot, por exemplo, reconheceu nele uma ?honestidade contra a qual o mundo inteiro conspira, porque é desagradável. A poesia de Blake tem o desagrado da grande poesia?. Quase um elogio, porque, para Eliot, essa honestidade era limitada por sua falta de educação literária, o que o tornava um ?ingênuo?. Blake, concluiu Eliot, tinha ?uma notável e original sensibilidade para a língua e a musicalidade da língua, e o dom da visão alucinada. Se estes tivessem sido controlados por um respeito pela razão impessoal, teria sido melhor para ele?. Faltava a seu gênio ?uma estrutura de ideias tradicionais e reconhecidas que lhe teriam impedido de entregar-se a uma filosofia própria, e assim concentrasse a atenção nos problemas do poeta. [...] A concentração resultante dessa estrutura de mitologia, teologia e filosofia é uma das razões pelas quais Dante é um clássico, e Blake apenas um poeta de gênio?. Eliot falava em defesa das tradições latinas, a seu ver fundamentais para a cultura do Ocidente, ciente de que eram exatamente o que Blake rechaçava ? e no entanto, dogmático, deu o veredito. Blake decerto não lhe teria dado ouvidos. ?A verdade jamais será dita de modo compreensível sem que nela se creia. Suficiente! ou Demasiado.?

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  • Cor: Não informado
  • Largura: 22
  • Marca: ILUMINURAS
  • Medida2: Não informado
  • Peso: 400
  • ISBN: 9786555190588
  • Gênero: Não informado
  • Formato: Não informado
  • Ano: 2020
  • Edição: Não informado
  • Origem: Não informado
  • Encardernação/Acabamento: Brochura
  • Idioma: Não informado
  • Pais: Não informado