O feminismo, tanto no cinema quanto de maneira geral, tem como ponto de partida textos ?protofeministas?, como O segundo sexo, de Simone de Beauvoir, no qual se encontra a célebre reflexão de que ?não se nasce mulher?, mas sim se exercita constantemente o ?ser mulher?, para ?tornar-se mulher?.
As primeiras manifestações da onda feminista mostraram que o machismo cinematográfico, da mesma forma que o machismo do mundo real, é multiforme no que se refere à representação da mulher na grande tela, especialmente percebido pelos estereótipos ?negativos? ? virgens, putas, vamps, interesseiras, joguetes eróticos ? que demonizavam ou transformavam as mulheres em objetos sexuais, alocadas no bordel de celuloide. A beleza do corpo feminino era empregada para interromper o andamento da narrativa, com close-ups dos quais emanava um poder mágico e erótico. Assim, o sujeito masculino era o condutor ativo da narrativa; e o feminino, um objeto passivo, uma mera passageira no mundo cinematográfico. As teóricas feministas que se voltaram contra essa situação revisitaram a questão autoral, a partir de uma perspectiva feminista, na busca de uma linguagem cinematográfica capaz de expressar o ?desejo feminino?, o que se materializou em produções de diretoras consagradas, como Agnès Varda, Naomi Kawase ou Chantal Akerman, entre outras que vão além da guerra dos sexos e das identidades de gênero.
- Cor: Não informado
- Largura: 21
- Marca: NVERSOS EDITORA
- Medida2: Não informado
- Peso: 140
- ISBN: 9788554862251
- Gênero: Não informado
- Formato: Não informado
- Ano: 2019
- Edição: Não informado
- Origem: Não informado
- Encardernação/Acabamento: Brochura
- Idioma: Não informado
- Pais: Não informado